Nem todo plano precisa ser perfeito. Mas todo sonho precisa de um primeiro passo.
É frustrante, eu sei.
Você faz planos, se organiza, escreve com carinho, se empolga. Por alguns momentos, sente que agora vai. Mas os dias passam… e você percebe que ainda não saiu do lugar.
Você sabe o que precisa ser feito, mas trava.
A culpa aparece. A comparação com quem já começou também.
E, de novo, você se sente ficando para trás.
A questão nem sempre é disciplina muitas vezes, é medo.
Medo de sair da zona segura. Medo de fracassar. Medo de descobrir que não vai ser tão bonito quanto parecia no papel.
E, principalmente, medo de se tornar a pessoa que você diz que quer ser.
Porque essa pessoa exige versões suas que ainda não nasceram.
E o novo dá trabalho. Cansa. Dá preguiça. Mexe com o ego.
A verdade é que planejar dá prazer.
É gostoso. É organizado. É controlável. E sim, é necessário.
Mas planejamento sem ação é só ilusão de progresso.
E quando não agimos, acabamos viciadas em reescrever o mesmo plano — só que com outra caneta.
🌿 Deixa eu te contar um exemplo pessoal…
Há três anos, eu fiz uma cirurgia bariátrica.
Foi no mesmo ano em que me mudei para Portugal.
No Brasil, eu tinha uma rotina planejada. Fazia pilates três vezes por semana, comia direitinho, seguia uma vida toda pensada.
Mas quando cheguei aqui, tudo virou de cabeça para baixo.
Virei dona de casa. Descobri a gastronomia local (óbvio que mergulhei nela). E parei de treinar.
Na real? Sempre tive um trauma com musculação. Sabia que precisava, mas rejeitava.
E aí foram três anos assim: parada. Planejando recomeçar. Escrevendo “voltar pro ginásio” no post-it, na agenda, no telemóvel…
E não fazendo.
Por quê?
Porque eu tinha medo.
Medo de falhar.
Medo de ser julgada por estar acima do peso.
Medo de parecer desajeitada com os aparelhos.
Medo de recomeçar do zero.
Até que um dia, eu só fui. Sem pensar demais. Coloquei a roupa e fui.
E foi a melhor coisa que fiz por mim.
Cheguei com medo. Mas aos poucos percebi que ninguém estava me olhando.
Ninguém estava ali para me julgar.
Os meus medos eram todos inventados.
E foi assim que eu venci esse medo. Não com coragem. Mas com movimento.
💡 5 formas reais de tirar seus planos do papel
Comece pelo mais ridiculamente fácil.
Nada de recomeçar tentando fazer tudo. Escolha uma única micro-ação. Algo que você consiga cumprir mesmo num dia caótico.Pare de reescrever o plano e comece a agir com o que já tem.
Você não precisa da planilha perfeita, do caderno certo ou do novo aplicativo. Precisa de um passo. Qualquer passo.Agende a ação, não a intenção.
Troque o “vou tentar” por “terça-feira, às 9h, eu começo”. O cérebro entende compromissos no tempo real, não em promessas soltas.Aceite a fase da mediocridade.
No começo, vai ficar estranho, torto, mal feito. E tá tudo bem. É assim que se começa qualquer coisa com verdade.Desconecte-se um pouco para se conectar com o que importa.
A distração rouba o foco. Se possível, fique 20 minutos offline todos os dias. Nesse tempo, vá direto pro que importa sem rolagem, sem comparação, só você e a sua construção.
Você não precisa mudar sua vida inteira em uma semana.
Mas precisa parar de esperar sentir vontade para começar.
Comece com o que tem.
No tempo que dá.
Com a energia que sobrar.
Mas comece.
Porque não é sobre fazer tudo.
É sobre não abandonar o que importa.
Com carinho,
Nathy 🤍
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Vamos juntas transformar intenção em presença real.